Capítulo 48 – Projeto Vida Eterna. Por que o corpo físico tem que perecer?
- DELL DECAGOL
- 28 de dez. de 2017
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Tentando responder este questionamento, iniciaram-se alguns estudos sobre como poderia ser revertido o estado de degradação do corpo físico ao longo dos anos e estes estudos levaram aos estudos avançados sobre a doença Progéria.
Progéria ou Síndrome de Huntchinson-Gilford
É uma enfermidade genética extremamente rara cujos sintomas se assemelham ao processo do envelhecimento manifestando-se logo nos primeiros anos de vida. A palavra Progéria, tem sua etimologia na língua grega.
A Progéria foi identificada inicialmente por Jonathan Hutchinson em 1886, quando descreveu o caso de um paciente que apresentava ausência congênita de cabelo logo na infância. Posteriormente, em 1904, Hastings Gilfordanalisou descreveu outro caso com as mesmas características. Devido à análise desses dois pesquisadores que se deu o nome atual da doença. Desde então só foram relatados cerca de uma centena de casos em todo o mundo. Essa doença é caracterizada por um rápido envelhecimento – cerca de sete vezes maior em relação à taxa normal – que se inicia por volta dos dezoito meses de idade. As crianças portadoras dessa disfunção vivem, em média, até os treze anos e geralmente morrem por doenças cardiovasculares. A síndrome afeta alterações em vários órgãos e sistemas.
As pesquisas sobre as possíveis causas da Progéria e seu tratamento são de grande relevância para a comunidade cientifica mundial, já que podem revelar pistas essenciais sobre o envelhecimento do ser humano e uma possível cura deste fator.
Com os estudos avançados sobre esta doença algumas informações vieram à tona: como a relação dos telômeros no envelhecimento humano, ou seja, quanto maior em um ser humano maior seria a perspectiva de vida deste indivíduo.

Os telômeros foram identificados pela primeira vez por Hermann Joseph Muller, na década de 30 do século XX. Mais tarde, em 1965, Leonard Hayflick fez a primeira observação direta do fenômeno de morte celular sem pré-replicação. Em homenagem ao cientista, o cumprimento mínimo que os telômeros podem alcançar antes de causar problemas à divisão celular passou a ser chamado de Limite de Hayflick.
Os telômeros são estruturas constituídas por fileiras repetitivas de proteínas e DNA não codificante que formam as extremidades dos cromossomos. Sua principal função é impedir o desgaste do material genético e manter a estabilidade estrutural do cromossoma. Os telômeros estão presentes principalmente em células eucarióticas, visto que o DNA das células procarióticas forma cadeias circulares, logo não tem locais de terminação, embora existam exceções como: bactérias com DNA linear e que possuem telômeros.
Cada vez que a célula se divide, os telômeros são ligeiramente encurtados. Como estes não se regeneram, chega a um ponto em que não permitem mais a correta replicação dos cromossomos e a célula perde completa ou parcialmente a sua capacidade de divisão. O encurtamento dos telômeros também pode eliminar certos genes que são indispensáveis à sobrevivência da célula ou silenciar genes próximos. Como o processo de renovação celular não ao longo dos anos as células perdem a correta informação sobre a reprodução das informações celulares, e esta disfunção esta associada à diminuição ou desgastes ocasionados pelo esgotamento e consequente diminuição dos telômeros nas células.
Os telômeros funcionam como um protetor para os cromossomos, assegurando que a informação genética (DNA) relevante seja perfeitamente copiada quando a célula se duplica. Os telômeros também protegem os cromossomas, de uma forma geral, da degradação, da recombinação e da translocação robertsoniana.
Os estudos mais avançados sobre estes temas buscam a recuperação celular através de um sistema de simbiose onde um sistema unicelular seria inserido no abdômen inferior do ser humano com objetivo de executar as funções auxiliares dos seguintes órgãos: rins, fígado, coração e pâncreas, inicialmente. Contudo, o grande obstáculo é qual a influência deste organismo no sistema nervoso e no cérebro.
As pesquisas seguem e as possibilidades são infinitas. Contudo, uma assertiva pode ser feita em breve, o temor da morte física será algo do passado.
Um dos grandes entraves da assertiva acima é a superpopulação humana que o Planeta enfrenta nos dias atuais.
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